A pandemia global da COVID-19 e as medidas de isolamento adotadas pelos governos mundiais para fazer face a esta situação resultaram numa forte diminuição da poluição do ar em todo o planeta. Em Portugal, mais concretamente em Lisboa, os níveis de poluição da Avenida da Liberdade reduziram mais de 60% este ano, face ao período homólogo, tendo atingido os níveis mais baixos dos últimos sete anos.
Todos sabemos que as cidades estão na linha da frente do combate à COVID-19, devido à aglomeração populacional e os desafios em assegurar o distanciamento social, cuidados sanitários e contenção na mobilidade urbana, nomeadamente, na deslocação das pessoas dentro das cidades.
As cidades em todo mundo crescem a um ritmo vertiginoso onde, todas as semanas, cerca de 1,3 milhões de pessoas se mudam para os centros urbanos. Estima-se que em 2030, o número de cidades com mais de 10 milhões de habitantes chegará às 43 (mais 12 do que hoje em dia).
Num período marcado pelas restrições no uso de transportes públicos coletivos e aglomerações, a opção mais segura para a deslocação da população é o transporte individual. Mas circular em veículos automóveis individuais dentro da cidade não é, em termos práticos, a melhor solução. Para além de dispendioso, devido aos custos com combustível e estacionamento, perde-se muito tempo em filas de trânsito e, claro, gera poluição sonora e atmosférica.
A resposta a este problema podem ser as soluções de micromobilidade.
Trata-se dos meios de transporte que servem para percorrer distâncias curtas, não devendo ultrapassar os oito quilómetros.
As soluções de micromobilidade incluem veículos ligeiros como trotinetes, bicicletas, motas ou outros meios de transporte de fácil deslocação e normalmente elétricos. Existem soluções de micromobilidade partilhadas, como serviços de partilha de bicicletas, disponibilizadas pelas Câmaras Municipais, ou privadas, onde o indivíduo adquire um veículo próprio.
Percorrer distâncias curtas utilizando soluções de micromobilidade será mais rápido, pois permite fugir dos engarrafamentos e reduz o tempo de deslocação.
Ao não ficar preso em filas de trânsito intermináveis, diminuirá o stress e será mais produtivo no trabalho. Se optar pela bicicleta, estará também a fazer exercício físico, o que é benéfico para a sua saúde. Vários estudos provam que quem se exercita regularmente é mais resistente a doenças emocionais, como a depressão e a ansiedade.
Uma grande parcela do nosso orçamento mensal disponível é alocado à deslocação, seja com a manutenção de um veículo automóvel ou utilização de transporte público. Comparativamente, as soluções de micromobilidade têm custos muito reduzidos de manutenção.
Sendo maioritariamente elétricas ou movidas pela força do condutor, as soluções de micromobilidade não emitem gases poluentes na atmosfera responsáveis pelo efeito de estufa e pelo aquecimento global.
Os percursos feitos de trotinete ou bicicleta são muito descontraídos. Não há melhor sensação do que percorrer tranquilamente as ruas da cidade, sem ficar parado no trânsito, e poder, sim, apreciar a paisagem.
A micromobilidade é uma peça importante na resposta aos desafios associados à realidade pós-covid: a segurança e a preocupação ambiental. Mas há que ter em mente que a popularidade destes meios de mobilidade sustentável está a crescer, nomeadamente com a introdução de empresas de micromobilidade partilhada, que encheram as ruas das cidades de trotinetes e bicicletas.
Antigamente era raro ver um ciclista ou alguém de trotinete na cidade. No entanto, hoje em dia, já existem muitos utilizadores destes veículos nas ciclovias e estradas. Por isso, tornou-se importante garantir a segurança dos seus condutores, nomeadamente contra o risco de acidentes.
Existem no mercado várias soluções de seguros de acidentes pessoais, a um preço muito reduzido (a partir de 1€ por dia!), com coberturas e indemnizações em caso de morte ou invalidez, reembolso de despesas médicas, subsídio diário de hospitalização, fraturas, entre outras coberturas adicionais.
Portugal ocupa já o 11º lugar entre os países da União Europeia no número de veículos poluentes, por isso cabe-nos travar esta tendência e potenciar o bem-estar económico e social do nosso país, em segurança, com certezza.