7 dicas para começar a poupar em 2021

11 de Janeiro, 2021, publicado em "poupanca"

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Ano novo, vida nova! Com a entrada de um novo ano, começar a poupar dinheiro é, por norma, uma das resoluções mais populares. No entanto, a grande maioria das pessoas falha na hora de pôr o seu plano em prática.

Para muitos Portugueses, a ideia de começar a poupar torna-se difícil à medida que o ano se desenrola e vão surgindo despesas inesperadas.

Por isso, se não sabe por onde começar, siga estas sete dicas para poupar em 2021.

1 – Identifique as suas prioridades financeiras

O principal objetivo pelo qual poupamos é simples: não conseguimos prever o futuro. Ao adotar medidas de poupança poderá tornar-se financeiramente seguro e construir uma rede de segurança para qualquer emergência que possa surgir.

Assim, seja qual for o seu objetivo de poupança, para conseguir fazê-lo de forma eficiente é necessário começar por identificar as suas prioridades financeiras:

  • Almofada de emergência: obras em casa, despesas médicas inesperadas ou desemprego;
  • Reforma: seja porque pretende reformar-se aos 45 anos ou porque quer acrescentar um suplemento à sua reforma. Há também quem defenda que a Segurança Social acabará por não conseguir assegurar as reformas dentro de poucos anos, o que também pode ser motivo para começar já a pensar no seu futuro;
  • Educação: os custos das instituições de ensino públicas e privadas aumentam todos os anos, portanto, garantir a educação dos seus filhos pode passar por estabelecer um plano de poupança. Em simultâneo, deverá também pensar num Seguro de Vida, por Morte ou Invalidez permanente, ou Antecipação do Capital e/ou Renda em caso de diagnóstico de uma doença grave. Nunca é demais prevenir!

As prioridades variam de pessoa para pessoa. Assim, quanto mais cedo identificar quais são as suas prioridades financeiras, mais depressa vai encontrar a sua motivação e começará a poupar.

2 – Saiba onde gasta o seu dinheiro

Para começar a poupar dinheiro, precisará de controlar os seus rendimentos e as suas despesas. Comece por fazer um mapa mensal onde constem os seus rendimentos e as suas despesas e que lhe permita facilmente identificar quanto dinheiro tem disponível após pagar as despesas obrigatórias, como a renda, supermercado, combustível ou outras.

Deste modo, face ao seu rendimento conseguirá perceber facilmente qual a percentagem que as despesas fixas ocupam no seu orçamento mensal e qual o montante que tem disponível para despesas adicionais e, principalmente, para poupar.

Desta forma, consegue encontrar um valor mais ou menos fixo para poupar todos os meses.

3 – Mude o Seguro de Vida do Crédito Habitação

Apesar de não ser obrigatório por lei, os bancos obrigam à contratação de um seguro de vida para concederem um crédito habitação. Portanto, a menos que não precise de contrair um empréstimo bancário para comprar casa, acaba por ter sempre que contratar um seguro de vida.

A boa notícia é que já não é obrigatório contratar ou manter o seu seguro de vida do crédito habitação na seguradora do seu banco. Em cerca de 80% das situações, mudar de seguradora não agrava o spread e, nos restantes casos, a poupança (que pode chegar a 60% por mês) acabará por compensar um eventual aumento da taxa de spread.

Faça as suas contas ou fale com um consultor de seguros que o possa ajudar a perceber quanto e como pode poupar mensalmente.

4 – Adira à micromobilidade

Poupar também é sinónimo de mudar de hábitos e nada melhor do que o início do ano para o fazer. Quando elaborar o seu mapa de despesas mensal irá perceber que grande parte do seu rendimento disponível é alocado a deslocações – seja com transportes públicos ou automóvel.

Para além dos custos com a compra do automóvel, seja capital próprio ou crédito automóvel, temos que considerar também os valores mensais para combustível, a manutenção, os impostos anuais e o estacionamento. No caso da bicicleta ou trotinete, apenas gastará o equivalente ao preço da mesma, manutenções esporádicas e um seguro de acidentes pessoais que, apesar de não ser obrigatório, é recomendado.

Este cálculo que irá agora fazer já alguns portugueses fizeram e é por isso que temos assistido a um boom na área da micromobilidade, nomeadamente dentro das grandes cidades. Desde bicicletas a trotinetes, existem cada vez mais adeptos das alternativas de micromobilidade e mobilidade suave em Portugal, que se juntaram ao movimento por motivações várias mas uma delas foi, com certeza, poupar.

5 – Adote um estilo de vida minimalista 

Minimalismo é uma das grandes buzzwords do momento, que se tornou bastante popular em Portugal pelas mãos de Marie Kondo, escritora japonesa, especialista em organização pessoal.

Mas afinal, o que é o minimalismo e como pode permitir-lhe poupar dinheiro mensalmente?

O minimalismo é “uma ferramenta que o ajuda a livrar-se dos excessos mundanos e focar-se apenas no que é realmente importante – e, assim, encontrar felicidade, sentido de realização e liberdade”. Ao adoptar um estilo de vida minimalista começará a valorizar experiências em vez de objetos, a reconhecer necessidades e não desejos, e a valorizar qualidade em vez de quantidade.

Assim, sem a vontade compulsiva de gastar, terá mais dinheiro disponível na sua conta bancária quase sem esforço, mas também conhecerá as suas prioridades e irá preferir poupar dinheiro para a sua próxima experiência em vez de comprar algo que representará simplesmente uma gratificação instantânea.

6 – Junte-se ao “gangue da marmita”

Hoje em dia já são poucas as empresas que oferecem um serviço de cantina aos seus colaboradores, pelo que o cartão refeição tem vindo a generalizar-se. Se recebe um valor diário para almoçar, tem sempre duas opções: ou come fora do local de trabalho, como num restaurante, ou leva comida de casa.

Os cálculos de poupança a fazer são bem simples: cada refeição fora de casa irá custar-lhe, em média, dez euros. Se optar por esta modalidade durante todo o mês, irá gastar cerca de 220 euros em almoços. O valor diário no caso de ter um cartão ou vale refeição é de 7,63 euros, o que significa que mais de 50 euros por mês sairão do seu rendimento mensal.

Se depois de ler este artigo decidir juntar-se ao “gangue da marmita”, porque não começar a alocar esses 50 euros mensais ao seu plano de poupança? Vai ver que não custa nada e tornar-se-á mais saudável também!

7 – Esconda o seu cartão de crédito

É muito fácil tornarmos o cartão de crédito um hábito cada vez que temos o impulso de comprar algo. Com a crescente generalização dos serviços de subscrição, como o Netflix, e com o comércio online, como a Amazon, a utilização do cartão de crédito tornou-se uma banalidade bastante perigosa.

Com um cartão de crédito é muito fácil perdermos a noção do custo real do que compramos, uma vez que não “sofremos” imediatamente com o débito do seu valor na conta. E quando começamos a utilizar o cartão de crédito para pagar pelas despesas diárias, o risco de incorrer em dívidas sérias aumenta exponencialmente.

Uma das primeiras medidas a tomar para perder este hábito é esconder o seu cartão de crédito. Se utilizar, por norma, o cartão fora de casa, deixe-o propositadamente em casa. Caso o utilize maioritariamente em casa, esconda-o dentro de uma gaveta. Conhece o ditado “O que os olhos não veem o coração não sente”?

Reconquiste o controlo das suas finanças

Quer seja poupar para viajar, poupar para investir, ou para garantir um futuro mais seguro, crie o hábito de respeitar o seu dinheiro e lembre-se: pequenas poupanças poderão representar grandes conquistas no futuro.

Ao adotar estas sete dicas, estará, com certezza, no caminho certo para começar a poupar para 2021.

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