Há quem defenda que se deve trocar de carro de cinco em cinco anos para evitar a sua desvalorização. No entanto, para além de nem toda a gente poder fazê-lo, há também quem se apegue ao seu parceiro de quatro rodas e decida mantê-lo por alguns anos, mesmo sabendo que a sua aceitação posterior, no mercado de usados, já não será a melhor.
Se faz parte do grupo de pessoas que mantém o mesmo carro durante vários anos, este artigo é para si. Conheça os sinais mais comuns de que está na hora de trocar de carro.
É comum um carro com mais de 100 mil quilómetros começar a dar alguns problemas. Por esta altura já vai existir algum desgaste dos componentes, como a embraiagem e a suspensão, que irão requerer uma manutenção mais frequente.
Mas existem motores que fazem o dobro ou até o triplo desta quilometragem se o seu condutor evitar percursos acidentados, fizer as revisões periódicas e atender ao bom estado de conservação do veículo.
Se utilizar o carro para trabalhar e não tiver disponibilidade para a manutenção que o seu carro lhe vai exigir a partir dos 100 mil quilómetros, é aconselhável que, a partir desta altura, comece a pensar em trocar de carro.
Quando o carro passa mais tempo na oficina do que a ser conduzido, é sinal de que está na hora de ser trocado, já que o dinheiro que gastar nas suas reparações pode ser investido num automóvel novo. Para além disso, a ida regular à oficina significa que mais cedo ou mais tarde irá ter que o substituir.
Se tiver um mecânico de confiança, peça-lhe uma avaliação sincera para perceber se a causa dos problemas é algo que pode ser facilmente resolvido com uma simples troca de peças, ou se, por outro lado, são defeitos que nunca terão resolução por mais dinheiro que invista na sua manutenção.
Mas nem sempre o seu orçamento é afetado apenas pelas idas sucessivas à oficina. Existem marcas com uma manutenção mais cara, como marcas de carros importados ou de luxo. Se nunca pensou em gastar tanto com a manutenção regular do seu veículo, talvez este carro não seja indicado para si e esteja na hora de o substituir.
Ainda assim, existem alguns cuidados que podem ser tomados para desacelerar o processo de desgaste, nomeadamente a forma como conduz, a troca regular do óleo do motor e a qualidade do combustível utilizado.
Após o primeiro ano de utilização, alguns modelos apresentam uma desvalorização na ordem dos 10%-15%, enquanto noutros a mesma pode chegar aos 20%. No segundo ano, acrescente a esta desvalorização mais 10%, chegando aos 30%. A partir do terceiro ano, o processo de desvalorização desacelera ligeiramente.
Por exemplo, se o seu carro novo custou 30 mil euros e quiser comprar um veículo igual mas com 0 kms após o 2º ano, saiba que vai ter que dar o seu carro atual à troca mais 9 mil euros. Estes cálculos não incluem a situação do mercado, nem os outros custos como taxas de transferência ou extras.
Assim, se perceber que a queda do valor do seu automóvel é superior ao montante que deseja pagar por um novo, não hesite em vendê-lo. Quanto mais tempo passar, menos dinheiro irá receber por ele.
A garantia de um carro novo ronda entre os três e os cinco anos. Após este período a marca não se irá responsabilizar pelas reparações do seu veículo, pelo que muitas pessoas preferem substituir o seu carro quando a garantia acaba, mesmo que com baixa quilometragem.
No entanto, é importante que saiba que o desgaste natural do veículo não é coberto pela garantia e, salvo algumas exceções, apenas contempla a suspensão, substituição dos acessórios e componentes mecânicas. Por isso, se o carro tiver um problema com correias ou amortecedores, por exemplo, o custo da reparação terá de ser suportado por si.
Tenha em atenção a data de término da garantia do seu veículo, pois poderá significar custos elevados de reparação que valerão a pena pensar em trocar de carro.
Quando a família aumenta, o mais natural, é pensar em trocar de carro, pois torna-se essencial ter um carro confortável e seguro que lhe permita transportar toda a família.
Algumas marcas oferecem descontos e condições especiais para famílias numerosas, pelo que, se for o seu caso, vale a pena informar-se através da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.
Se decidir que está na hora de trocar de carro, fale com o seu mediador de seguros e avalie se o seu seguro automóvel atual ainda lhe oferece a segurança e garantias que pretende para o seu novo investimento.
Existem no mercado várias modalidades de seguro automóvel, com garantias facultativas que se adequam à sua rotina e carteira.
Zele pelo seu automóvel e pela segurança de quem o ocupa, com certezza.